Tegucigalpa, 27 de Setembro de 2009. Hoje, domingo, a jovem Wendy Elizabeth Ávila, uma das mulheres que valentemente resistiu ao golpe militar, será velada nas instalações do Sindicato de Trabalhadores da Indústria da Bebida e Similares, no bairro de Las Brisas, na capital de HOnduras. Wendy Elizabeth Ávila faleceu no sábado, no Hospital Escola de Tegucigalpa, aonde foi internada por sofrer com os gases lacrimogênios lançados na terça feira 21 de Setembro pelos militares e policiais a serviço do regime. Os gases foram lançados quando os militares desalojaram violentamente aos membros da Resistencia, que descansavam e faziam uma vigília nas ruas próximas à embaixada do Brasil,onde está refugiado o presidente constitucional de HOnduras, José Manuel Zelaya Rosales. Andrés Pavón, Presidente do Comitê pela Defesa dos Direitos Humanos em Honduras (CODEH), informou hoje quea primera vítima feminina da Resistência estava sendo velada a noite en sua casa, mas seus familiares aceitaram o pedido da Resistência de movê-la para a sede do Sindicato antes de seu enterro. Wendy Elizabeth sufreu uma complicação em seu sistema respiratório e faleceu de bronquite asmática agravados pelos químicos presentes nas novas bombas de gás lacrimogênio lançadas pelas forças repressivas do golpista Roberto Micheletti Bain e do general Romeo Orlando Vásquez Velásquez. Nos últimos dias, várias pessoas tem denunciados danos adicionais experimentados pelos gases lacrimogênios,além daqueles já expostos até o dia 23 de Setembro. O centro de Prevenção e Tratamento das Vítimas de Tortura, presidido pelo doutor Juan Almendrares Bonilla, solicitou às vítimas dos gases que se apresentem ou se comuniquem com os escritórios do Centro para fazer os exames e documentar cadacaso, devido âs várias queixas escutadas ultimamente
| Registrar, refletir, difundir as histórias vindas de baixo
Monday January 18th 2021
Somos um grupo de pessoas afim de documentar (as nossas andanças), produzir (numa linguagem própria) e difundir (outras lutas e caminhos). Surgimos por sentir a necessidade de usar diversas ferramentas - áudio, vídeo, texto - para espalhar as reflexões que temos cotidianamente nisto que consideramos ser a construção do novo mundo, tanto aqui como em outros lados.